Punta Férias

Não aguentei o trocadilho...rs. Acabei de voltar de umas férias na Argentina e Uruguai e confesso que me surpreendi com tantas coisas legais pra se fazer na nossa parte da América. Primeiro passamos por Buenos Aires pra ver o show do FNM (que, resumidamente, foi incrível). Depois seguimos para Puerto Madryn na cidade de Trelew que é a parte norte da Patagônia Argentina. Lá vimos baleias francas, pinguins, guanacos e leões marinhos. Tudo bem de pertinho.





Seguimos para o Uruguai onde ficamos em um lugar incrível chamado Finca Narbona. Trata-se de uma vinícula que tem 2 quartos gigantes e deliciosos pra quem quer dar uma esticadinha em Carmelo. Destaque para o café da manhã que é de matar qualquer fome matutina e para o restaurante que serve massinhas ótemas. O povo que fica no Four Season lá perto sempre janta por lá.





Depois desse paraíso seguimos para Colonia que é uma cidadezinha fofa, parecida com Paraty e suas ruas de pedra. Lá comemos em um restaurante chamado La Florida que servia uma das comidas mais gostosas da viagem: raviole negro de salmão. Juro, não lembro de ter comido algo tão bem temperado em anos (fora a comida de mamy, claro). Quem for pra lá vale a pena conferir. Os donos (um casal simpaticíssimo) fazem as vezes de garçonete e cozinheiro.

Depois de viajar por algumas horinhas chegamos em Punta. Sempre tive curiosidade de conhecer mas me encantei mais por La Barra e Jose Ignacio que são praias logo depois de Punta. Lá andamos cerca de 40km de bike numa estrada plana que dá gosto. Comemos uma comida incrível no Baby Gouda que também tem uma delicatessen que vende queijinhos, frios e azeites que dão água na boca.



Mas o que realmente me impressionou foi a pousada que ficamos em Manantiales, logo depois de La Barra. Chama-se Posada de Piedra e fica uns 3km da avenida da praia. O visual, a quietude, a jacuzzi ao ar livre, o café da manhã servido na varanda, a cama com aqueles tecidos envolvendo e formando uma espécie de "cabaninha"...enfim. Tudo impecável. Quem for pra Punta e quiser ficar um pouco longe do agito, essa é uma dica valiosíssima.






E que venham mais boas surpresas como essa. Não dava quase nada por uma viagem na América do Sul e acabei me encantando por tudo que vi.

Constrangedor

Achei que ia dar muitas risadas com o filme Bruno (já que foi isso que aconteceu com Borat) mas sai do cinema mais constrangida que qualquer outra coisa. Achei que o filme iria "tirar um sarro" do mundo da moda. Mas isso são sós os primeiros 15 minutos do filme. O resto é só sobre homossexualidade, sexo e perversão. Com direito à uma dança ridícula feita com o pênis do ator. Aquele humor inteligente e sarcástico que tinha no Borat passou longe de Bruno. Além de não recomendar, não dá nem vontade de escrever mais sobre ele. The end.

Real Japas

Depois de ter ido recentemente à restaurantes de comida japonesa daqueles mais tradicionais, vai ficar difícil voltar a frequentar aqueles rodízios que tem sushi de tudo quanto é jeito. Já tinha ficado deliciada por conhecer o Dô que fica ali na rua do Pirajá. O sushi de enguia é uma das coisas mais gostosas que eu já comi. Praticamente derrete na boca. A outra ótima surpresa nipônica foi um restaurante escondidinho ali na Pedroso de Moraes chamado Hamatyo. Uma portinha pequena e um restaurante idem, que tem como atendentes um casal de japoneses que mal fala nosso idioma. O marido fica fazendo os sushis e sashimis (única coisa do cardápio, mais tradicional impossível) e a esposa fica servindo as mesas e retirando os pedidos.

Foi lá que eu experimentei uma nova iguaria: sushi de arenque. Um peixe delícia que quando você morde parece que é meio crocante, que tem mini ovas dentro. Só sei que hot roll nunca mais :-)

Quem dera um inimigo assim

hoje fiz uma coisa que costumava fazer antigamente e que me dá um super prazer: ir ao cinema sozinha. sei que pode parecer doidera, ou até digno de pena ("nossa, tadinha daquela menina sozinha no cinema, não deve ter amigos ou namorado"), mas eu nem ligo e adoro. principalmente porque depois não sou obrigada a comentar sobre o filme com ninguém. guardo as impressões só pra mim. hoje o filme escolhido foi inimigos públicos com johnny depp. um filme que tem uma trilha de suspense incrível que te deixa tensa e presa na cadeira. johnny é um irresistível ladrão de bancos que com sua trupe faz a rapa nos bancos dos EUA. um detetive (interpretado pelo Christian Bale) tem fixação em prender o cara e o filme é basicamente sobre essa perseguição. tem até momentos de romantismo quando johnny cai de amores pela linda marion cotillard (atriz que fez edith piaf no cinema) e os dois fazem planos de serem felizes para sempre no rio de janeiro. a gente se pega torcendo o tempo todo pro bandido se dar bem, principalmente quando ele tem o carisma e o charme do johnny. mas não cabe a mim contar se o ladrão de bancos termina bem ou mal. vai lá ver, sozinho ou acompanhado, que vale muito a pena :-)

É chou!

Não consegui evitar o trocadilho. Ontem fui jantar em um restaurante chamado Chou. Foi indicação de uma amiga que tinha ido lá na mesma semana e falou super bem da comida. A primeira surpresa foi o local. Uma casinha que quando você entra se revela um restaurante super acolhedor e moderninho. Íamos sentar no próprio salão (que antes deveria ser a sala da casa) mas pedimos pra trocar por uma mesa no "quintal". Meia-luz, muitas árvores entre as mesas e um cardápio impresso numa folha que vinha presa a uma prancheta. As entradinhas são umas delícias a parte. Pedimos quiabo orgânico com amendoim e azeite de gergelim e uma pimenta cambuci grelhada que estava incrível. Os pratos também não deixaram nada a desejar. Eu pedi uma anchova com folha de mostarda grelhada com ricota de búfala e piñoles que derretia na boca. Pra finalizar, um gelato de banana nanica com leite de coco que estava dos deuses! Pensei que o lugar era novo, mas já faz 1 ano e 1 mês que ele está lá na Mateus Grou, 345. Reservas são uma boa pedida :-) Fotos do local podem ser vistas aqui.

Moda Acessível

A C&A lança hoje uma mini coleção com peças desenhadas pelo Reinaldo Lourenço. Dei uma passadinha lá antes de vir pro trabalho e fiz algumas aquisições. Nem tudo me agradou, como as peças de estampa de cobra, que provavelmente vão ser encontradas às pencas por aí. Preferi ir nas mais clássicas, como calças que parecem de alfaiataria nas cores cinza e preta, blusinha com estampa de oncinha black & white, uma saia meio balão e uma blusinha de manga comprida pink (que vai bem com a calça cinza, como vocês podem ver abaixo). O lançamento não teve o mesmo burburinho que rola fora do país quando H&M ou Top Shop lançam suas coleções assinadas por estilistas famosos. Não tinha fila, não tinha gente se matando pra comprar as peças...foi tudo muito organizado e tranquilo, com um café da manhã delícia à disposição das clientes :-)

Denso

Anteontem fui ver Há Tanto Tempo Que Te Amo e confesso que poucos filmes mexeram tanto comigo como esse. Resumindo, depois de ter ficado 15 anos presa por matar o próprio filho (o motivo você descobre no final), ela volta pra sociedade e vai viver com a irmã, que parece ser a única que realmente se importa com ela, independente do que aconteceu. Super denso, super direto e com uma performance tocante da Kristin Scott Thomas, esse filme está na lista daqueles que não dá pra perder.

Non stop Vegas

Duas coisas me surpreenderam nessas férias entre Los Angeles e Las Vegas. A primeira é que, depois de ter viajado pra tantos lugares, as coisas estão me parecendo meio iguais. Fui pra Venice Beach, por exemplo, e achei a cidade uma cópia quase que fiel da Gold Coast na Austrália. Não sei quem inspirou quem, mas é impressionante como as cidades são parecidas.
A outra surpresa foi com a cidade de Las Vegas. Se por um lado tenho visto coisas iguais pelas minhas andanças pelo mundo, na verdade nunca tinha estado num lugar non stop. Las Vegas tem música (alta) por todos os lados, desde as recepções dos hotéis, nos cassinos (claro), nos corredores, nos banheiros... fora que você nunca sabe se é de dia ou de noite se não sair do hotel, porque aquilo tá sempre super iluminado. Por algumas vezes tive a sensação de que não ia suportar tanto barulho, tanto acontecimento, tanta gente. Acho que os 2 dias que ficamos lá foram mais que suficiente. Qualquer coisa a mais seria prejudicial à saúde. De qualquer maneira, vale a visita. Pelo clima de "festeje até morrer" que a cidade oferece, as compras, o calor e porque não, a breguice. Welcome to the fabulous Las Vegas :-)
teto do hotel Bellagio. brega no úrtimo!

Choices

by "don't touch my moleskine"

Festinha Boa

Eu queria estar lá...

Che

puta filme, puta performance e uma das caracterizações mais perfeitas que eu já vi no cinema. bendito seja benício del toro que representou Ernesto Che Guevara de uma maneira tão intensa.

15 anos atrás

acabei de assistir ao documentário the last 48 hours of kurt cobain que passou no multishow. apesar do tema mórbido, não consegui evitar a saudade louca dos anos 90 e da época em que meus cabelos quase batiam na cintura, minha vestimenta se resumia em bermuda xadrez, camiseta de banda (geralmente preta) e nike de couro preto com cano alto e minha única preocupação era esperar pelo próximo show de rock. lembro como se fosse ontem o meu desespero em ter na minha coleção de LPs o recém lançado Nevermind. eu ainda não tinha comprado o disco, mas meu namoradinho da época já e ele simplesmente se recusava a me emprestá-lo pra ouvir em casa. nossa, como eu ficava p da vida. só me restava ficar com minha fita cassete a postos no som e esperar que alguma rádio passasse as músicas, de preferência sem vinhetas no meio, pra poder ouvir come as you are, smells like teen spirit e in bloom a hora que eu quisesse. era libertador. aliás, libertador é a palavra que melhor descreve o que o Nirvana representou pra mim. kurt cobain foi mais que um rock star. ele simplesmente permitiu, através de sua música, que a gente pudesse se jogar sem medo de ser feliz. quem diria que uma expressão tão usada hoje em dia (se jogar) conseguisse descrever um sentimento de mais de 15 ano atrás...

Faltou u-hu

É meio frustrande quando você vai pra um show com uma mega expectativa e sai de lá com a sensação de que no CD é melhor. Foi o que aconteceu ontem no show do A-Ha. Estava crente que me divertiria horrores em ouvir ao vivo as músicas que me fizeram dançar em bailinhos de garagem no final dos anos 80 / começo dos 90. Algumas até emocionaram, como o caso de Hunting High and Low que ganhou uma versão violão, vozes e teclado que ficou realmente bonita. Mas as mais entusiamantes como The Sun Always Shines on TV e Take On Me, que fechou o show, não me empolgaram mais do que se eu as estivesse ouvindo no rádio do meu carro. Não sei se foi o som baixo, ou se foi a pouca vibração que vinha da banda, ou a falta (pra não dizer nenhuma) de uma decoração de palco...só sei que faltou u-hu no show do A-Ha.

Olê, olê, olê, olê, quinê, quinê!

O show do Keane ontem foi tão bom quanto o primeiro em 2007. Tom Chaplin continua com aquela cara de inglesinho gordinho e com frio (por causa das bochechas cor-de-rosa) e sua voz está mais intensa do que nunca. Me pareceu que ele estava ainda mais animado do que a primeira vez, falando em português, interagindo com a platéia o tempo todo, em êxtase com toda a energia que o povo de sampa estava mandando de volta pra ele durante o show. A maioria das músicas tocadas eram do álbum novo, o Perfect Symmetry, mas outros hits do Hope & Fears e Under the Iron Sea estiveram presentes para a alegria da galera. Mesmo do alto da platéia superior do Credicard Hall deu pra se divertir e se emocionar com a performance dos caras. E terminar a noite com um sorriso na cara depois de ouvir a minha preferida Bedshaped :-)

Nosso Wagner

O que dizer de um cara que atua, canta e dança maravilhosamente bem? É o que a gente ficou se perguntando no show da Banda do Wagner Moura - Sua Mãe. O som é um tipo de rock brega e muito divertido que fica ainda melhor na voz do cara. O ponto alto da performance foi quando a banda decidiu tocar Creep do Radiohead sabendo que a banda aterrisa por aqui logo mais. E depois ainda teve aquele charminho do bis, onde eles pediram pra gente fingir que não sabia q eles iam sair e voltar ao palco em seguida. Nos sentimos "brothers", ou melhor, sisters do Wagner. E como boas sisters vamos prestigiá-lo sempre que ele vir pra Sampa. Com todo prazer :-)

Fome

Ok, o filme não é nenhuma novidade. Mas um roteiro brasileiro e bom como esse, é. Assisti ao filme Estômago esse fim de semana e fiquei fascinada pela história. Trata-se de um retirante da Paraíba, se não me engano, que vem parar em São Paulo e por acidente começa a trabalhar na cozinha de um bar. O cara começa a mostrar que leva jeito pra coisa quando sua coxinha vira o must no bar e acaba caindo no gosto de um dono de restaurante italiano, que acaba ensinando tudo de cozinha pro tal Paraíba. No desenrolar da história, o nordestino acaba parando na cadeia e é de lá que ele narra a história, de trás pra frente, e vai mostrando todos os pratos que ele sabe fazer. Parece um roteiro bobinho, mas não é. É inteligente, afinado, bem filmado e ainda deixa a gente com água na boca. Inclusive, recomendo a goiabada com gorgonzola que aparece no filme. Deixei o queijo minas de lado e me joguei nessa combinação. E posso falar? Ficou tudo de bom :-)

Gênio

Atordoada

Foi assim que sai da sala de cinema onde fui ver Revolutionary Road, horrivelmente traduzido como Foi Apenas um Sonho. O filme caminhava para uma daquelas histórias onde tudo dá certo, com um casal cool demais para a década de 50 e de repente...o barquinho que estava navegando por mares extremamente calmos simplesmente despenca cachoeira abaixo. É só uma metáfora pra explicar a virada que o filme dá deixando a gente meio abobada pensando e repensando os relacionamentos, casamentos, sonhos e afins. Kate Winslet está brilhante no papel da esposa frustrada e o Leonardo DiCaprio não fica atrás, fazendo o marido covarde que na hora do vamos ver, não tem coragem de mudar de vida. Mais vida real, impossível.

Finalmente um Ano Novo

Eu sempre fui daquelas pessoas que sempre gostaram mais do Natal que do Ano Novo. Talvez porque meus anos novos nunca foram do jeito que eu sempre quis que eles fossem: rodeados de amigos. E finalmente, este ano, eu pude sentir na pele (e na cabeça, e no estômago...) como uma passagem de ano assim pode fazer você feliz. A minha foi simplesmente perfeita. Não só pelas amigas que foram comigo nessa empreitada, com a mesma vibe e a mesma vontade de se divertir, como pelos novos amigos que fizemos. Um ano que começa assim tão bom não tem como dar errado. 2009, seja muito bem-vindo :-)