quarta-feira, junho 25, 2008

Infusion D'Homme Prada

Acabei de ver no site da Prada uma sequência de 9 curtas feitos para o perfume Infusion D'Homme. Nove diretores "new faces" de diferentes países foram convidados para o projeto. Dentre eles, um brasileiro, o Guga Ketzer, da Produtora Associados. Sem briefing ou barreiras, todos eles fizeram filmes inspirados nas associações sensoriais provenientes da frangância. O único que mostra o produto é o curta da Índia. Os demais literalmente "viajaram" para mostrar tal associação. O melhor deles: o dos EUA. Me lembrou um pouco o deslumbrante clipe da Bjork para a música All is Full of Love. Vale a pena dar uma olhadinha :-)

sábado, junho 21, 2008

Um Japa Muito Moderno

Em comemoração aos 100 anos de imigração japonesa e coincidindo com a época de SPFW, o Senac promoveu hoje de manhã uma palestra com o estilista japonês Kenzo. Eu, meio CDF que sou, cheguei ao campus Santo Amaro pontualmente às 9hs achando que os japoneses respeitavam horários. Que nada! O que era pra começar às 9hs acabou começando uma hora e meia depois. Tempo de ficar observando as pessoas e comer 6 mini pães de queijo na lanchonete da faculdade. A primeira parte da palestra foi com a dona do Bunka Fashion College, uma das mais conceituadas faculdades de moda em Tokyo. Ela mostrou fotos de looks criados por seus alunos, muitos deles já trabalhando com estilistas de renome no Japão como Issey Miyake e Yoji Yamamoto. Foi nessa universidade, inclusive, que o próprio Kenzo se formou. E foi contando sobre sua época de estudante que ele começou a falar com as quase 500 pessoas que estavam presentes, a maioria delas estudantes de moda. Ele nos deu um panorama de sua carreira, desde quando vendia seus desenhos a US$ 5 para estilistas famosos em Paris até o ano de 2006 quando decidiu largar a moda e começar a desenhar objetos para a casa. A palestra em si foi interessante, toda dada em japonês, com tradução simultânea em português. Mas a falta de sincronismo entre conteúdo e vídeo irritou um pouco. Acho que o povo que organizou o evento podia aprender um pouco do preciosismo japonês.

Alexandre - O Grande

Ontem fui ver o desfile do Alexandre Herchcovitch, um dos que eu sempre quis ver e nunca consegui. Obrigada Keke! Mesmo depois de ter passado um apuro com a (quase) venda de sua marca para a I'M, Alexandre ainda sim consegue fazer uma coleção belíssima, super alto astral. Os primeiros looks (mais usáveis) misturam o corte / jeitão militar com tecidos leves e floridos que vão tomando conta do desfile look após look. Os babados também eram muitos: nas mangas, como detalhes nas costas e até aplicados nos fundilhos das calças, fazendo uma analogia às antigas anáguas. Uma fofura! Foram pouquíssimos looks, acho que uns 24 / 25, mas todos com a marca registrada do Alexandre: ousadia e perfeição.

quinta-feira, junho 19, 2008

SPFW sem esforço

Pela primeira vez em anos adorando moda, consegui ver um desfile na SPFW sem ter que ficar implorando por convite. Dessa vez ele literalmente caiu no meu colo. Estava eu a trabalho, visitando o stand do meu cliente, quando uma conhecida de um amigo meu ofereceu um convite para ver a coleção primavera verão da Huis Clos que começaria dali a 1/2 hora. Não tinha como recusar. Mesmo não sendo consumidora da marca, sempre a achei clássica e muito chique. Mas o desfile mostrou muito mais que isso. Foi uma bênção ver um desfile tão impecavelmente belo. Os tons neutros e a "construção" das roupas apresentadas me deixaram babando, com vontade de adquirir tudo. Destaque para a calça que estava presente em quase todo look, ou num jeans azul clarinho ou no caqui ou cru, que deve ser a coisa mais confortável e chique pra se usar nesse verão 2008/2009. Presença garantida no meu armário assim que a coleção chegar às lojas. Nem que eu tenha que parcelar em 5x sem juros :-)

A tal calça que roubou meu coração...



terça-feira, junho 10, 2008

Van Awesome Halen

Acabei esquecendo de comentar como foi o show do Van Halen em NY, mais especificamente no Madison Square Garden. O estádio em si já é um show a parte. Tem uma acústica como poucos lugares que eu já fui. Foi bonito demais ver aquele lugar cheio de gente esperando pela banda. Tinha de tudo um pouco: jovens, senhores e suas esposas, pais com seus filhos, casais, avôs, avós, etc. Cheguei a ver marmanjo chorando de emoção quando a banda entrou no palco. Comovente! Mas o que nos deixou boquiaberta foi a forma física do David Lee Roth. A melhor possível e imaginável para um senhor da idade dele. E o pique que ele tem? David estava incansável! Pulando, se alongando, cantando como nunca. É óbvio que nenhuma das canções da época do Sammy Hagar entraram em seu repertório, mas mesmo assim valeu muito a pena. Eles tocaram todos os hits que a galera estava aguardando: "Ain't talk about love", "Running with the Devil, "Dance the night away" e claro, a última pra fechar o show com chave de ouro, "Jump", com direito a chuva de papel colorido e microfone inflável gigante. Foi daqueles eventos que cada minuto vale cada centavo do ingresso pago. Thanks Van Halen! Thanks NY! :-)

Love and the City

Finalmente assisti ao filme mais esperado ever! Sex and the City - o Filme começou perfeito: mostrou as "garotas" juntas novamente, a Carrie mega feliz por estar do lado do tão amado Mr. Big e melhor, cuidando dos detalhes do casamento e da casa onde eles iriam morar. Mas depois da grande reviravolta, que não cabe a mim entrar em detalhes para não estragar a surpresa dos que ainda não viram o filme, a trama fica meio sem graça, se arrasta com interpretações meio mornas por parte do quarteto. Acho que o filme fica nesse ritmo por mais ou menos 1 hora. Mas nem tudo estava perdido. Após esse período de marasmo, o filme retoma com grandes e rápidos acontecimentos que arrancam sorrisos e lágrimas das balzaquianas no cinema. Deu gosto de ver que o amor sempre vence no final :-)

quarta-feira, junho 04, 2008

Beyond Shopping

Nem só de compras foi o meu feriado prolongado em NY. A parte cultural também foi bem intensa. 5 Museus em 6 dias e uma exposição mais interessante que a outra.

No Guggenheim estava rolando uma exposição surreal de um artista chinês chamado Cai Guo - Qiang. Tudo começava com obras feitas a partir de explosões de fogos de artifício, ou em cima de mármores ou em cima de telas. As marcas que ficavam eram dignas de pintura feitas a mão. Descendo os corredores do meuseu, chegava-se a segunda parte da exposição com estátuas de trabalhadores chineses feitas de argila. Lá o artista mostrava desde a carcaça onde ele começava a colocar a argila para dar forma às pessoas, desde as pessoas em si. Embaixo de cada estátua a foto que serviu de referência para o molde da peça. Um pouco mais adiante uma das obras mais impactantes: uma manada de lobos (falsos, mas muito reais) pendurados no teto como se estivessem correndo em direção à alguma coisa. Essa "coisa" era uma parede de vidro que simbolizava o muro de berlim, e os lobos, as pessoas que queriam ultrapassá-lo.


Já no Metropolitan estava rolando a exposição Super Fashion com roupas inspiradas nos uniformes dos super heróis mais conhecidos. Tinha lá a roupa original da mulher maravilha, do super homem, do homem de ferro (recém usada pelo ator Robert Downey Jr), do Batman...Aliás, foi no espaço do Batman que vi dois looks incríveis: aquela fuseau acobreada que o Nicolas Ghesquiere criou para a coleção Spring / Summer 2007 da Balenciaga e um vestido preto com mangas enormes, de formato triangular, da coleção Spring 2007 do Gareth Pugh.


Falando de arte mais clássica, o The Frick Collection Museum, que era totalmente desconhecido pra mim, foi outra ótima surpresa. Henry Frick era um magnata da indústria do ferro e um grande colecionadores de arte. E tudo o que ele adquiriu até a data de sua morte está exposto na casa que era dele, em frente ao Central Park. Uma casa linda, com sala de música, jardim de inverno e biblioteca com seus livros prediletos enfileirados e organizados do jeitinho que ele deixou.
Deu vontade de passar a tarde toda por lá imaginando como seria viver numa casa de tanto valor :-)

domingo, junho 01, 2008

Artista Autista

Quem vai pra NY e pode passar uma segunda-feira por lá, tem a oportunidade de ver o Woody Allen tocar jazz no bar do Hotel Carlyle que fica na Madison Ave. E foi isso que fizemos. A emoção de ver o gênio do cinema a poucos metros da sua frente é realmente incrível. Porém, essa mesma emoção é logo substituída por uma certa frustração já que Woody Allen passa o tempo todo em que não está tocando de cabeça baixa e sequer olha pra platéia ou fala com ela. Nem "Boa Noite" nem "Como vai vocês?", nada. Se ele não tivesse cantado uma música no final, não teríamos nem ouvido sua voz. Mas valeu a pena mesmo assim. Até porque, por conta de uma malcriação do garçom acabamos ganhando champagne e sobremesa de graça :-)