quarta-feira, dezembro 27, 2006

It's all about Us!

angelina jolie e brad pitt para umas, britney spears ou sacha baron cohen (o “borat”) para outras. esse final de ano não foi diferente e as revistas do mundo todo elegeram suas personalidades de 2006. mas foi a Time dessa semana que fez a escolha mais diferente dentre todas elas.
ela NOS elegeu como personalidade do ano. sim, nós internautas, bloggers, floggers, you tubers, jornalistas amadores... segundo a revista, nós “controlamos a mídia e o mundo nunca mais vai ser o mesmo”. ainda dentro dessa mesma reportagem, a revista nos apresenta alguns de “nós”, ou seja, pessoas que de alguma forma se destacaram no mundo digital com idéias inovadoras ou não, mas que tiveram a liberdade de se expressarem para o mundo todo ouvir. exemplos:

1. uma atriz e mais 2 carinhas da nova zelândia criaram a lonelygirl15, uma adolescente que falava de seus problemas pessoais através de vídeo blogs no You Tube. foi uma verdadeira sensação! as pessoas acessavam seus vídeos sem saber que na verdade se tratava de algo programado.

2. uma dupla de jornalistas da Inglaterra decidiu fazer um programa/blog de culinária na internet mostrando em vídeo e em texto as falhas e os sucessos de suas receitas – o Crash Test Kitchen. e o que justamente faz do programa um sucesso é essa maneira caseira de mostrar náo só os acertos mas também os erros na hora de fazer um prato.

3. dois amigos americanos resolveram interpretar canções de desenhos animados, como o Pokemon, e colocar o vídeo no You Tube. esse vídeo em particular foi visto mais de 17 milhões de vezes!!! depois de Pokemon, eles fizeram diversos outros vídeos e viraram febre. com toda essa notoriedade, eles agora tem até site onde comercializam espaços publicitários e vendem camiseta com o nome da dupla – Smosh.

and last but not least, nessa edição da Time você encontra uma entrevista com os criadores do You Tube, Steve and Chad, onde eles contam como criaram esse fenômeno e ficaram milionários antes de chegar aos 30 anos.
Viva Nós!

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Khao San Road - The Experience

Ir para Bangkok e ficar hospedado na sua mais famosa avenida – a Khao San Road – são outros quinhentos. Na primeira passagem pela cidade a gente ficou num hotel que era perto do aeroporto antigo, ou seja, ficava longe de tudo e tínhamos que ir para todos os lugares de tuk tuk, o taxi popular de lá.
Mas dessa vez decidimos experenciar o que era ficar no meio de todo o agito e lá fomos nós nos hospedar na tal avenida. Se você viu o filme A PRAIA, a Khao San Road é aquela rua onde o personagem do Leonardo de Caprio aparece logo no início da trama. Aliás, foi esse o filme responsável por apelidá-la de gueto dos parasites pois está sempre repleta de turistas baladeiros e principalmente baderneiros. A rua é como se fosse uma Teodoro Sampaio só que com bem menos trânsito e muito mais camelôs e carrinhos de comida. Aliás, a comida é um assunto a parte. A aparência podia lá não ser muito boa, mas o gosto era. E o bom é que ela era preparada na sua frente, diferente dos restaurantes que de vez em quando recebiam a visita de um ou outro rato perambulando pela cozinha. Os pratos mais comuns vendidos por lá eram:
1. noodles fritos direto no wok com broto de feijão, verduras e ovo (20 Bahs – cerca de 1 Real). Dá uma olhada na rapidez com que a mulher prepara a comida!
Khao San Road - The Experience


2. barbecue: espetos de milho, frango, porco ou carne (10 Bahs, R$ 0,50)
3. arroz frito com porco ou galinha e alguns vegetais
4. barraquinhas com frutas (metade de 1 abacaxi, 1 coco ou 1 manga também custa R$ 0,50)
Mas sem dúvida nenhuma a mais esquisita e bizarra de todas era a de... besouros!!


Apesar da aparência “crocante” não tive coragem de provar a iguaria. Alguns turistas bêbados até compravam, mas não sei se de fato eles conseguiam comer aquilo. E por falar em turistas, mochileiro que é mochileiro fica na Khao San Road porque lá é o lugar onde tem hospedagem mais barata. Chamadas guesthouses elas são super simples e normalmente ficam em cima de estabelecimentos comerciais como resturantes ou internet cafés e não passam de um quarto com ventilador e duas camas de solteiro ou uma de casal. Algumas até oferecem banheiro privado, mas se você quiser economizar alguns Bahs (moeda local) vai ter que dividir o lavado com outros hóspedes.
No final das contas, acho que valeu muito mais a pena se aventurar pela Khao San Road e ver de perto como é o dia-a-dia dos nativos, provar as iguarias que eles comem e praticar o dom da pechincha com os camelôs locais do que ficar num hotel 3 ou 4 estrelas com mais conforto mas com muito menos diversão :-)

sábado, dezembro 09, 2006

Eita Trem Bão, sô!

Minhas viagens pela Itália neste ano foram basicamente todas de trem. Aqui a empresa Trenitalia funciona que é uma beleza, para qualquer cidade que você queria visitar. Meu trajeto mais longo foi de Sapri a Torino que praticamente atravessa o país.

Confesso que por ter escolhido a segunda classe (contenção de despesa) a viagem não foi lá muito agradável. Era uma cabine muito, muito pequena com 6 camas, 3 de cada lado, uma em cima da outra e todas devidamente ocupadas. Foi um aperto só. Mas como eu estava super cansada decidi não pensar muito na situação. Caí num sono profundo e só acordei no destino final. Mas a questão que quero levantar não é o conforto e sim a praticidade de se viajar de trem e poder chegar aonde quiser dentro da Itália com várias opções de horário e claro, de classe. Agora, imagine se tivéssemos algo semelhante no Brasil – uma malha ferroviária que te levasse pelo menos a cada capital do país. Imagine-se chegando em Fortaleza ou em Salvador, das paisagens vistas pela janela do trem, da possibilidade de se caminhar pelos vagões e parar no vagão restaurante, da cabine de primeira ou segunda classe, das pessoas que você conheceria durante a viagem. Imagine o quanto isso aumentaria e melhoraria o turismo no nosso país, porque se você parar pra pensar, a única maneira que um tursita encontra de viajar pelo Brasil decentemente é de avião, certo? Simplesmente não dá pra imaginar um gringo chegando na estação de ônibus do Tietê sem saber falar uma palavra em português e pior, sem uma pessoa que saiba falar inglês pra dar informação. Além disso, viajar de avião não é lá a coisa mais barata do mundo. Principalmente para os jovens mochileiros de plantão. Aqui na Itália um trajeto Firenze – Roma, por exemplo, custa uns 30 euros que dá menos de 100 reais. Sei que a diferença de tamanho entre Itália e Brasil é imensa e pode ser que seja impossível ter esse tipo de transporte num país tão grande. Mas que seria muito mais divertido viajar, isso seria. Principalmente pra quem tem medo de avião, como eu :-)

sábado, dezembro 02, 2006

Momento Culinario Europeu

sabe qual eh o prato comum na australia e em quase todos os paises da europa por onde passei? nao, ele nao eh frances, nao eh italiano...chama kebab e eh...arabe! isso mesmo, a versao arabe do nosso churrasquinho grego vem num pao sirio (of course) com carne de carneiro ou frango, alface, cebola, tomate, molho a base de iogurte e outros acompanhamentos dependendo do pais que vc esta. na australia por exemplo os acompanhamentos ainda incluem tabule, mushroom, homus e coalhada. aqui na europa ele vem mais simples, so com a tradicional salada e o tal molho de iogurte. e nao existe nenhuma grande rede de fast food que vende essa iguaria. nao eh como um mac donalds ou burger king. ele eh vendido em barraquinhas na rua ou em comercios bem pequenos, como no caso de barcelona, mais especificamente no bairro do raval, onde tem um do lado do outro. o kebab tbem pode vir em duas versoes, que so conheci aqui na europa: o doner kebab que vem dentro de um pao sirio ou durum que vem enroldinho como se fosse um wrap. entao, na sua proxima viagem pra ca, esqueca os tradicionais big macs ou pedacos de pizzas por 2 euros. peca o seu kebab e bom apetite!