domingo, abril 05, 2009

15 anos atrás


acabei de assistir ao documentário the last 48 hours of kurt cobain que passou no multishow. apesar do tema mórbido, não consegui evitar a saudade louca dos anos 90 e da época em que meus cabelos quase batiam na cintura, minha vestimenta se resumia em bermuda xadrez, camiseta de banda (geralmente preta) e nike de couro preto com cano alto e minha única preocupação era esperar pelo próximo show de rock. lembro como se fosse ontem o meu desespero em ter na minha coleção de LPs o recém lançado Nevermind. eu ainda não tinha comprado o disco, mas meu namoradinho da época já e ele simplesmente se recusava a me emprestá-lo pra ouvir em casa. nossa, como eu ficava p da vida. só me restava ficar com minha fita cassete a postos no som e esperar que alguma rádio passasse as músicas, de preferência sem vinhetas no meio, pra poder ouvir come as you are, smells like teen spirit e in bloom a hora que eu quisesse. era libertador. aliás, libertador é a palavra que melhor descreve o que o Nirvana representou pra mim. kurt cobain foi mais que um rock star. ele simplesmente permitiu, através de sua música, que a gente pudesse se jogar sem medo de ser feliz. quem diria que uma expressão tão usada hoje em dia (se jogar) conseguisse descrever um sentimento de mais de 15 ano atrás...

1 comentário:

Letícia Meira disse...

Teu texto me fez voltar no tempo. Lembrei do único show do Nirvana que fui na vida, e foi em Minneapolis no meio de um intercâmbio (escondida da Host Family caretona).Quase morri de emoção e depois de três semanas quase morri de dor com a morte do kurt Cobain. Aliás, fiquei triste num nível que foi dificil de explicar até pra mim mesma. Adorei teu texto, me fez viajar de volta pra adolescência.
Bjos.
Leti